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5 fatos que todo investidor precisa saber antes de se casar

Atualizado: 22 de ago. de 2022



Nesse post, você vai descobrir os 5 fatos que todo investidor precisa saber antes de se casar e sairá daqui entendendo quais são os cuidados necessários antes de contrair um matrimônio.

A maioria das pessoas não utiliza as leis a seu favor. E ainda só descobrem isso na hora em que acontece algo ruim. Se as pessoas conhecessem melhor o “terreno”, menos problemas teriam.

Você, que é investidor, sabe do que estou falando! Você investiria o seu dinheiro em algum título ou ação sem conhecimento sobre ele (rendimento, liquidez, perspectiva de mercado, dentre outros)?! Isso é jogar com a sorte!

No casamento, onde duas pessoas se unem para alcançar objetivos em comum e individuais, também é essencial conhecer as regras patrimoniais para tomar as melhores decisões no planejamento de vida do casal e também de cada um.

Para te ensinar sobre isso, preparei esse conteúdo completíssimo. Vamos lá!


Use as leis a seu favor

Fato 1: Regime de bens define o futuro do patrimônio

Fato 2: Planejamento matrimonial traz segurança e confiança

Fato 3: Falar sobre dinheiro é saudável para o relacionamento

Fato 4: Precisa ter a reserva de emergência do casamento

Fato 5: O risco dos seus investimentos dentro do casamento não planejado




Use as leis a seu favor

No início desse conteúdo eu disse que a maioria das pessoas não utilizam as leis a seu favor e só descobrem isso quando acontece algo ruim.

O que acontece é que, os brasileiros estão acostumados a “irem fazendo” sem saber as consequências, deixando a orientação sobre qual caminho seguir para depois (que nunca chega).

Aposentadoria! Está aí um exemplo! Pouquíssimos conseguem se aposentar com o mesmo padrão de vida que tinham antes, porque não se preocuparam com o planejamento anterior para alcançar isso.

As leis, ao mesmo tempo que punem aqueles que não a respeitam, também favorece aqueles que sabem como utilizá-la.

Veja bem: o casamento é um contrato entre duas pessoas e, por ser assim, a lei permite que você formalize esse contrato da forma como for benéfica para ambos.

Ele é um contrato, sobretudo porque ele indica qual será o destino do patrimônio de cada um e também o patrimônio do casal, ou seja, um assunto que determina tudo o que você constrói nessa vida, seja sozinho ou junto com sua parceira(o).

Isso não te parece importante?

Mas as pessoas que não têm consciência disso, deixam passar despercebida a escolha sobre o regime de bens que irá definir todo o patrimônio futuro e, às vezes, até o patrimônio já adquirido.

A lei dá a oportunidade de escolher qual é o regime de bens que regerá o patrimônio após o casamento e, melhor ainda, te oferece a possibilidade de personalizar o regime de bens de acordo com o que você mais deseja.

Vamos usar as leis a nosso favor!

E por que você precisa pensar no futuro do teu patrimônio antes de se casar?

Por duas razões:

A primeira delas é porque, se você tem interesse em construir patrimônio para alcançar seus objetivos, você precisará negociar os seus ativos de forma estratégica. Para isso, você precisa saber quantos % desses ativos pertencem a você, enquanto pessoa individual, e quanto % pertencem ao casal.

A segunda é porque todo casamento um dia termina, seja pelo divórcio ou pelo falecimento de um dos dois. E, nessa hora, você não pode ser pego de surpresa. Por isso, você precisa saber exatamente o que pertence a cada um e o que será dividido.




Fato 1: regime de bens define o futuro do patrimônio

Depois da pequena introdução sobre o tema no tópico anterior, nós já podemos passar direto para o assunto sobre regime de bens e a sua importância para determinar o futuro do patrimônio.

Você precisa entender que, nós, enquanto indivíduos, temos a possibilidade de construir um patrimônio que, em vida, pertence apenas a nós mesmos.

Para ficar bem claro: imagine um círculo onde você e seus bens estão inseridos.

Após o casamento, esse círculo pode encostar no círculo de outra pessoa ou não. Ou então, pode entrar em contato apenas de vez em quando.

Esse contato representa a divisão dos bens, sendo cada um proprietário de metade deles. E quem determina o que será dividido é o regime de bens ou o próprio casal, quando decidem definir isso através de um pacto antenupcial.

Como muitas pessoas não conhecem as características de cada regime de bens, acaba sendo imposto a elas o regime padrão, que é o da comunhão parcial de bens, onde os bens adquiridos após o casamento são partilhados, assim como os frutos dos bens adquiridos anteriormente.

Ou seja, os rendimentos dos investimentos feitos antes do casamento - considerados frutos de bem adquirido anteriormente - também passam a ser divididos após o casamento, exceto se o casal estipular o contrário.

Existem outras opções de regimes de bens, como:

  • a separação total de bens, onde as pessoas permanecem, cada uma, com seu patrimônio individual, podendo dividir se quiserem;

  • a comunhão universal de bens, onde, como regra, tudo é dividido entre os cônjuges;

  • participação final nos aquestos, em que ocorre o regime da separação total de bens durante o casamento e da comunhão parcial de bens após o casamento;

  • regime misto, onde o casal personaliza um dos regimes de acordo com o que desejam para o patrimônio individual e comum.

Essas são as características gerais dos regimes de bens, mas o assunto é mais extenso que isso, pois cada regime possui suas exceções. Confira o artigo sobre regimes de bens aqui!

Agora você já consegue entender que é importante definir o regime de bens ideal para o casamento, porque é ele quem irá determinar o que acontecerá com o teu patrimônio no futuro.




Fato 2: Planejamento matrimonial traz segurança e confiança

A escolha do regime de bens ideal para o teu casamento será feita através de um planejamento matrimonial.

Esse planejamento é elaborado com o intuito de trazer segurança jurídica em relação aos bens e, como bônus, ele tende a aumentar a confiança entre o casal.

O planejamento inicia na conversa entre o casal sobre suas metas e objetivos individuais e em conjunto. É claro que nem sempre nós temos as nossas metas da vida toda bem definida, mas é comum termos alguns desejos, como: ter uma boa qualidade de vida, viajar e ter uma casa confortável.

A partir disso, você sabe o que precisa ser feito. Se você é investidor, sabe que deve escolher bons ativos para investir o teu dinheiro e fazer ele trabalhar para você. Além disso, é importante aumentar a tua receita, se ela se mostrar insuficiente.

Tendo em mente os planos individuais e em conjunto, é hora de você estudar os regimes de bens para ver qual deles faz mais sentido para a vida de vocês.

É comum que, nessa etapa, o casal perceba que nenhum dos regimes por si só satisfaça a intenção deles, e, por isso, preferem fazer um regime misto, aquele que é mais personalizado.

Ao pensar sobre o que quer no futuro, o planejamento matrimonial surge como um instrumento indispensável para trazer maior segurança para o patrimônio de ambos, tanto aquele que já foi construído ou que ainda será erguido, e também para servir como um guia sobre onde e como usar o teu dinheiro para alcançar os objetivos.

Além disso, abrir para o outro as suas metas e formar metas em conjunto permite que o casal desenvolva maior confiança entre si, afinal, vocês se tornam transparentes um com o outro e isso fortalece o relacionamento!




Fato 3: Falar sobre dinheiro é saudável para o relacionamento

Você conhece o livro “casais inteligentes enriquecem juntos”, do Gustavo Cerbasi?

Ele ganhou o coração dos casais, pois ele demonstra como um casal pode organizar suas finanças e a importância disso.

Um dos principais motivos de uma separação é o dinheiro. A falta de diálogo com sua parceira(o) sobre dinheiro pode afetar de forma negativa o teu relacionamento, pois não se chegará a um equilíbrio.

Antes do casamento, também é importante falar sobre dinheiro!

Lembra quando te disse que o primeiro passo para fazer um planejamento matrimonial é pensar nos planos individuais e em comum? Pois então! Pensar e falar sobre esses planos incluiu o diálogo sobre dinheiro, afinal, muitas dessas metas precisam do dinheiro, certo?!

Gustavo Cerbasi ensina que, em um planejamento financeiro em casal, é necessário que cada um pense em conjunto e individualmente e, diante disso, reserve o dinheiro para a realização de cada um desses objetivos.

A conversa sobre dinheiro deixa claro o que deve ser feito para atingir as metas e, ainda, permite que o casal possa conversar para chegar a um consenso sobre quais as regras financeiras que a família irá seguir.

Iniciar o casamento falando sobre isso é começar essa nova fase do relacionamento com o pé direito.

Sabendo quais são os objetivos do casal e os objetivos individuais, é possível fazer um planejamento matrimonial que guie para onde será alocado cada recurso financeiro!




Fato 4: Precisa ter a reserva de emergência do casamento

Essa reserva de emergência é parecida com a reserva de emergência que o pessoal já conhece.

A finalidade das reservas de emergência é ter o dinheiro em um local seguro para utilizar em casos de emergência, para se manter durante um período de tempo ou para estar preparado quando surgir uma oportunidade.

Mas a reserva de emergência do casamento tem uma particularidade: ela pode ser compartilhada. Deixa eu te explicar melhor!

Quando se fala em reserva de emergência, é ensinado que ela pertence a uma pessoa só. Mas quando essa pessoa está em um casamento ou em uma união estável, essa reserva, que deveria ser de apenas um, pode ser dividida pela metade de acordo com o regime de bens escolhido.

Portanto, dentro do casamento, pode existir 2 tipos de reserva de emergência: a que é utilizada para a família e a que é utilizada individualmente.

Para a reserva de emergência individual é recomendado que seja indicada como bem partilcular, ou seja, que não haja comunicação com o outro. Isso porque, caso algo venha a acontecer no futuro, a pessoa já terá um dinheiro reservado com o qual possa contar.

Por exemplo, em casos de separação, nos primeiros meses, para se manter financeiramente, a reserva pode ser útil; ou também a utilização da reserva para cobrir uma dívida que pode prejudicar algum bem da família.

A reserva de emergência deve existir para garantir a segurança financeira não só da família, mas de cada indivíduo em si.

Dependendo do regime de bens escolhido, como é o caso da comunhão parcial de bens, essa reserva de emergência pode vir a ser dividida, mesmo que se mantenha em contas separadas.

A reserva de emergência da família é aquela que é utilizada para emergências ou oportunidades que envolvem todos os membros da família. Essa reserva é compartilhada, pertencendo metade para cada um e podendo ser alimentada pelos dois.

O importante é sempre deixar identificado, através do pacto antenupcial, qual é a reserva de emergência individual (considerada como um bem particular) e qual é a reserva de emergência da família (considerada como um bem comum).