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5 Erros na hora de fazer o Divórcio de Mulheres com Filhos Menores no Paraná

Atualizado: 23 de set. de 2021


5 erros na hora de fazer o divórcio de mulheres com filhos menores no Paraná

Nesse artigo você vai saber quais são os 5 principais erros que existem na hora de fazer o divórcio de mulheres com filhos menores no Paraná e irá descobrir o que deve ser feito para ter o divórcio mais tranquilo possível.

Sem esse conteúdo você poderia cometer os erros que irei indicar aqui, o que te daria algumas dores de cabeça lá na frente, mas depois da leitura você terá a segurança de seguir pelo caminho correto.

Para facilitar a tua leitura, preparei um sumário navegável. Vamos lá?


1.Partir direto para o divórcio litigioso


2.Definir o valor da pensão pelo senso comum


3.Deixar de detalhar a convivência

a) Convivência no dia a dia

b) Convivência em dias especiais


4.Não prever situações inesperadas


5.Não procurar um especialista para fazer o divórcio






Erro 1: Partir direto para o Divórcio Litigioso:

divórcio consensual para mulheres com filhos menores no Paraná

Esse é um erro que vejo muitas pessoas cometendo e toda vez que me deparo com ele tenho vontade de sentar e explicar quais são os riscos de se fazer isso.

Ainda bem que temos esse espaço aqui no Blog para contar para você o porquê não deve partir direto para um divórcio litigioso.

Antes de falar desse erro, vou explicar rapidinho para vocês o que significa “divórcio litigioso”: é quando não há acordo entre as pessoas que estão se divorciando e uma das partes entra sozinha com o processo de divórcio.

Então quer dizer que se eu entrar sozinha com o processo de divórcio, pode ser um erro?

Em um primeiro momento, sim!

O divórcio litigioso é mais demorado e mais caro que um divórcio consensual.

Além disso, mesmo os divórcios que iniciam de forma litigiosa, tendem a se tornarem consensuais no final do processo, ou seja, depois de gastar tempo e dinheiro a conclusão é um acordo que poderia ser feito no início e economizar todo esse tempo.

Isso que estou falando para vocês é com base nas centenas de processos de divórcios que já analisei!

Quando você tem de ir até um lugar, você tem pelo menos dois trajetos diferentes. Se colocar no Google Maps ou no Waze, eles calcularão a rota mais rápida, certo?

É isso que estou apresentando para você: uma rota mais tranquila e mais rápida para se alcançar um objetivo, que é o divórcio!

O que você deve fazer antes de já entrar com um divórcio litigioso é tentar fazer o divórcio consensual como primeira alternativa.

Para facilitar a elaboração do acordo, o ex-casal poderá contratar advogados capacitados para isso, podendo escolher um advogado em comum ou diferente para cada um.

Para entender melhor como funciona todo o divórcio e o que deve ser discutido na elaboração do acordo, confira esse post.

Você prefere discutir os termos do divórcio em 1 mês ou durante 3 anos? Porque, acredite, os divórcios litigiosos duram 3 anos para mais.

O divórcio litigioso ainda é cabível em algumas situações, mas elas são as exceções, porque diante dos benefícios da elaboração de um acordo (menos tempo e menos dinheiro envolvido), não tem como não escolher o divórcio consensual.





Erro 2: Definir o Valor da Pensão pelo senso comum:

pensão alimentícia no divórcio para mulheres com filhos menores no Paraná

Você já deve ter ouvido a história de que o valor da pensão alimentícia é de 33% sobre o salário ou sobre o salário mínimo, né?

Essa é uma crença que muitas pessoas possuem, mas que não é uma regra.

A Lei não determina uma porcentagem ou um valor exato para a pensão. O parâmetro utilizado para definir o valor da pensão alimentícia é a análise das necessidades que o filho que receberá possui e da possibilidade financeira daquele que pagará.

Concorda comigo que essa análise varia de pessoa para pessoa? Então não podemos basear a pensão alimentícia em apenas uma única forma de definir o valor.

A pensão alimentícia não precisa ser paga apenas em dinheiro, inclusive. Existem outras maneiras de definir uma pensão alimentícia, como: pagamento de escola, de plano de saúde, de transporte escolar, de uma atividade extracurricular, dentre outros.

Não existe uma regra ou um padrão a ser seguido. A pensão alimentícia deve ser adequada para aquela determinada situação e não baseada nos casos de outras pessoas.

Ao definir o valor da pensão alimentícia pelo senso comum você poderá estabelecer um valor ou uma forma de pagar a pensão que não condiz com a realidade dos envolvidos.

O juiz, quando precisa decidir sobre o valor da pensão, adota o 33% sobre o salário mínimo ou sobre os rendimentos como padrão. Mas perceba! Isso é um padrão e não uma forma adequada de definir o valor da pensão.

Não quero dizer que os juízes, ao definirem 33% sobre o salário como padrão de pensão alimentícia, estejam errados. Mas a demanda de processos que eles têm para analisar é tanta que eles acabam tendo que estabelecer um padrão.

Diante desse fato, os próprios juízes recomendam uma alternativa: solução através de acordo. Existem mecanismos dentro da própria Justiça para facilitar o acordo, como as audiências de mediação.

O acordo é o melhor caminho para se chegar a um valor justo e adequado de pensão alimentícia, pois ninguém sabe melhor sobre as necessidades dos filhos do que os próprios pais.

Não terceirize a decisão sobre os direitos dos seus filhos se você pode e tem plenas condições de decidir isso.

Entenda melhor sobre como definir a pensão alimentícia nesse post.





Erro 3: Deixar de detalhar a convivência

visitas - divórcio para mulheres com filhos menores no Paraná

Um regime de convivência mal elaborado é uma das maiores causas de brigas depois do divórcio.

(Eu chamo de convivência o que muitos chamam de “visitas”. Explico um pouco sobre esse assunto nesse post aqui.

A convivência com os filhos é um direito de ambos: da criança ou adolescente e dos pais, até mesmo quando não existe o pagamento de pensão alimentícia.

Quanto menor for o filho, mais detalhada precisa ser a convivência. Isso acontece porque as crianças precisam de uma rotina para manterem um desenvolvimento saudável.

Além disso, fazer um regime de convivência bem feito traz mais tranquilidade para os próprios pais. Você já pensou planejar uma viagem com seu filho e quase chegando a hora descobre que o outro genitor já havia tirado férias para ficar com o filho bem nessa época?!

Esses “desencontros” acontecem muito e o maior prejudicado é a criança, que acaba sendo um objeto de disputa entre os pais.

E o que é um regime de convivência detalhado?

Vou te contar!

O regime de convivência precisa ser aplicável na prática, ou seja, não podemos estabelecer regras que não condiz com a realidade dos pais e dos filhos e que, portanto, não será feito. Esse é o primeiro ponto.

A partir daí, precisamos estabelecer quais serão as regras de convivência em dias normais e em dias especiais, e essas regras, a depender da situação, podem ser mais ou menos flexíveis.



a) Convivência no dia a dia:

É muito comum que pessoas indiquem que a convivência presencial será realizada em finais de semana alternados (mas isso não é uma regra!).

Podemos ir além ao definir: qual dia da semana irá buscar o filho, onde irá buscar, qual horário irá buscar (e as mesmas questões para o momento do retorno da criança à sua residência base).